Há várias pessoas ao redor do mundo que estão lidando com crises de pânico neste exato momento. Veja o relato ficticio de duas pessoas que estão passando por isso.
Marcos relata: “Eu estava no carro e, de repente, senti sensações estranhas. Minha visão ficou turva e parecia que eu estava perdendo o controle das minhas pernas. Pensei: ‘O que está acontecendo comigo? Estou tendo uma convulsão? Estou ficando sem ar? É um ataque cardíaco?’ Fiquei apavorado com a ideia de causar um acidente. Desde então, evito dirigir na rodovia por medo de ter outra convulsão. Tenho medo de me afastar muito de casa, me sinto inseguro”.
Maria tem medo de situações sociais: “Fui a uma reunião de pais na escola. Entrei em pânico quando a professora falou do meu filho e todos me olharam para ouvir o que eu tinha a dizer. Tive dificuldade para respirar e me senti muito tonta.”
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ToggleLidando com crises de Pânico
No meu dia a dia como terapeuta, muitos pacientes, como Marcos e Maria, enfrentam ataques de pânico. Esses episódios, que ocorrem tanto em homens quanto em mulheres, costumam surgir na adolescência ou na idade adulta jovem. Ataques de pânico são uma expressão de ansiedade intensa ou medo. Para quem nunca teve um, os sintomas podem ser variados e muito intensos, incluindo batimentos cardíacos acelerados e dificuldade para respirar. Essas reações são respostas normais do corpo a uma percepção de perigo.
Tenho crises de pânico
Um ataque de pânico é uma reação de alarme, onde o corpo reage a um perigo percebido. Essa resposta faz parte da nossa herança evolutiva, permitindo que sobrevivêssemos ao longo de milhões de anos. O sistema límbico subcortical é responsável por essa rápida reação, preparando o corpo para fugir ou lutar.
Problemas com crises de pânico
Os ataques de pânico podem ser difíceis de controlar e identificar. Sempre há um gatilho, seja interno ou externo, embora nem sempre perceptível. Por exemplo, um paciente com acrofobia sente ansiedade intensa quando em lugares altos, e a visão da altura desencadeia um ataque de pânico. Outros pacientes podem ter pensamentos como “e se eu perder o controle?” que também podem desencadear ansiedade intensa.
Sofrimento associado ao transtorno de pânico
Experimentar um ataque de pânico é aterrorizante e pode levar a um medo constante de ter outro ataque, resultando em evitação de situações que possam desencadear pânico. Isso pode limitar significativamente a vida da pessoa, levando-a a evitar muitas situações sociais e se isolar.
Tratamento do transtorno de pânico
Psicoeducação: É crucial que o paciente compreenda o transtorno de pânico. Explicar os sintomas e os mecanismos dos ataques de pânico ajuda a desmistificá-los e a entender que não são perigosos, mas sim uma resposta exagerada do corpo a um perigo percebido.
Reestruturação cognitiva: A terapia envolve aprender a se distanciar dos pensamentos negativos, questionando sua veracidade e reduzindo sua importância. Isso permite que a pessoa escolha suas ações de forma mais racional.
Respiração e relaxamento: Técnicas de respiração ajudam a regular a ansiedade, proporcionando uma ferramenta concreta para alívio rápido. Sessões de relaxamento e exercícios de mindfulness são úteis para ancorar a pessoa no momento presente e reduzir o medo.
Abordagem comportamental – exposições: Encorajar o paciente a enfrentar gradualmente as situações temidas ajuda a reduzir a ansiedade. Com a prática, o paciente percebe que a ansiedade é temporária e que pode lidar com as situações que antes evitava.
A TCC é eficaz no tratamento do transtorno de pânico, ajudando o paciente a recuperar sua liberdade. Em média, a duração da terapia varia de 10 a 15 sessões.